sábado, 7 de julho de 2012

Bem,  eu era apenas mais uma. Mais uma "das especias". Quantas outras poderiam haver? Se  fôssemos demais, não seríamos especias. Mas para ser especial junto à outras, eu preferia ser insignificante.
Afinal, sempre acreditamos sermos únicos, talentosos, exclusivos. E sempre podemos nos proteger dos contraditores, colorindo-os com inveja, ignorância, competição. Mas se nos reconhecem como diferentes, e nos mostram que somos tão especiais quanto outros que já cruzaram seu caminho, então não há mais nada para nos proteger.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

"Apesar da leseira, vejo tudo com muito mais clareza do que antes. Sim, vejo tudo com muito muito mais razão. Mesmo porque, alguém com uma confusão mental daquelas não poderia  ordenar as palavras da maneira que eu faço agora.
 Uma mente doentia, como a que eu tinha, não seria capaz de acertar os dedos nas teclas. É como sempre digo: a história dos loucos só pode ser contada pelos sãos." Mastigando Humanos
Odeio quando as pessoas tentam transformar experiências particulares em senso comum, generalizar impressões, sentimentos, se identificar com nossos aspectos exclusivos. Assim são os que se acham maduros, mas só podem se achar assim se comparando com os demais.
"Não se importe com as respostas, com a realidade, o que importa são as possibilidades, aquilo do que você se lembra, que faz sentido dentro do seu universo. Lembre-se: a realidade não importa." Não importava mesmo. Mesmo porque, ela nunca havia pertencido à mim. A realidade só pertence aos outros. É o que chamamos de padrão, lei, ordem. São os passos que temos de seguir para sermos compreendidos, aceitos e até amados pela sociedade. Mas o que você pensa e o que você vê é algo bem diferente. O que você sente é algo bem diferente da realidade. E é nessa realidade que eu vivo, na realidade individual.