sábado, 7 de julho de 2012

Bem,  eu era apenas mais uma. Mais uma "das especias". Quantas outras poderiam haver? Se  fôssemos demais, não seríamos especias. Mas para ser especial junto à outras, eu preferia ser insignificante.
Afinal, sempre acreditamos sermos únicos, talentosos, exclusivos. E sempre podemos nos proteger dos contraditores, colorindo-os com inveja, ignorância, competição. Mas se nos reconhecem como diferentes, e nos mostram que somos tão especiais quanto outros que já cruzaram seu caminho, então não há mais nada para nos proteger.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

"Apesar da leseira, vejo tudo com muito mais clareza do que antes. Sim, vejo tudo com muito muito mais razão. Mesmo porque, alguém com uma confusão mental daquelas não poderia  ordenar as palavras da maneira que eu faço agora.
 Uma mente doentia, como a que eu tinha, não seria capaz de acertar os dedos nas teclas. É como sempre digo: a história dos loucos só pode ser contada pelos sãos." Mastigando Humanos
Odeio quando as pessoas tentam transformar experiências particulares em senso comum, generalizar impressões, sentimentos, se identificar com nossos aspectos exclusivos. Assim são os que se acham maduros, mas só podem se achar assim se comparando com os demais.
"Não se importe com as respostas, com a realidade, o que importa são as possibilidades, aquilo do que você se lembra, que faz sentido dentro do seu universo. Lembre-se: a realidade não importa." Não importava mesmo. Mesmo porque, ela nunca havia pertencido à mim. A realidade só pertence aos outros. É o que chamamos de padrão, lei, ordem. São os passos que temos de seguir para sermos compreendidos, aceitos e até amados pela sociedade. Mas o que você pensa e o que você vê é algo bem diferente. O que você sente é algo bem diferente da realidade. E é nessa realidade que eu vivo, na realidade individual.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A morte é uma arte como qualquer outra.

E quem és tu, que amastes uma vez na vida, para dizer à mim que não sei o que é o amor? Tu não sofrestes nem a metade do que já sofri, e acho que deveria ter mais maturidade para encarar isso, ou ao menos não culpar-me pela sua incapacidade de esquecer. Tu não tens o direito de dirigir palavras ofensivas à mim, já que não toco em teu nome sem motivos. E não venha, meu jovem, bancar de pseudointelectual, se não sabes ao menos a colocação das palavras que usas. De que adianta ler livros diversos e ter mente tão pequena? Falar formalmente, até eu sei. 
Prefiro não me importar mais com pequenas coisas e tentarei não me importar mais com isso, apenas com coisas que me afetem diretamente.
Espero mesmo, do fundo do coração, que pares com isso, que cresças e apareça, e não use apenas a sua inteligência para cativar as pessoas, mas também, sua maturidade e capacidade de raciocínio diante de problemas emocionais, que sei que tu tens, só não usas. Acredito que isso seja o suficiente, muito obrigada. 


Encerro o post com uma sábia frase de Luís Fernando Veríssimo
" 'Risco de morte' era só uma frase melodramática para assegurar nosso interesse."


Fimdopost.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova York; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.


Paulo Mendes Campos
Bom, pra começar, desculpem-me por não ter postado mais, mas andava e ando muito cansada, por isso escreverei coisas aleatórias que passarem na minha mente, só para não perder o costume.
 Minhas aulas andam sendo muito chatas, minha cabeça está sendo um turbilhão de sentimentos e pensamentos. Ando meio-muito confusa sobre algumas coisas que andam acontecendo comigo. Estou ficando com medo de mim. Permitam-me explicar, eu achava que me conhecia, mas na verdade não conheço(:o), bem, não tanto como eu pensava.
 Tenho pensamentos diferentes, que por algum motivo que eu desconheço andam se aflorando dentro de mim e tomando conta de tudo o que eu faço. Deve ser a adolescência, mas é uma situação revoltante e constrangedora para mim e para quem convive comigo. Neste post eu aproveito para me desculpar com as pessoas com quem fui grosseira, mas eu espero que vocês me entendam bem, eu não gosto de ninguém eu também me assustei com isso, e é uma reação involuntária, que eu meio que ainda não dominei . Q
 Sinceramente, eu estou cansada e desconto em todo mundo, e não tenho vontade alguma de me desculpar, nem agora -Q.
 Então era isso, este foi o primeiro post que eu escrevo assim, na hora, então se ficou cansativo ou repetitivo, foda-se porque eu não vou mudar, o.k. 


FLW. Sem mais.